sexta-feira, 18 de abril de 2008

Reabertura polémica na Estrela

A Câmara de Lisboa reabriu ontem o parque infantil do Jardim da Estrela, encerrado para obras profundas desde Novembro do ano passado, três horas antes de uma "invasão popular" marcada para esse dia, organizada por um movimento que reclamava a devolução do espaço às crianças .
Por causa da chuva, os mais pequenos faltaram à inauguração e Nuno Ferro, presidente da Junta de Freguesia da Lapa, esteve no local mas não participou na cerimónia. Abandonou o jardim assim que chegou o vereador dos Espaços Verdes. "Foi tudo show-off. A inauguração foi antecipada", acusou o edil da Lapa.
O descontentamento de Nuno Ferro prende-se, entre outras razões, pelo facto de ter enviado uma carta ao vereador Sá Fernandes, para que fossem corrigidos alguns "defeitos" nas obras do parque e de a missiva ter caído em saco roto. "O número de brinquedos é diminuto em relação ao espaço e não percebo como é que se colocou areão novamente, em vez de piso sintético", queixou-se.
Questionado pelo JN, Sá Fernandes justificou que o número de brinquedos não é superior porque há normas de segurança que obrigam a distanciar os aparelhos. Referiu ainda que o piso sintético tem o inconveniente de "aquecer" em demasia. "O areão tem é que ser limpo mensalmente, desinfectado, o que não acontecia antes", argumentou.
O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, aproveitou a inauguração do parque (as obras custaram 90750 euros) para anunciar outros melhoramentos no jardim centenário.A falta de iluminação pública, que persiste há mais de três anos, vai ser solucionada até final de Maio. A EDP começa hoje a fazer obras.
in JN

segunda-feira, 31 de março de 2008

COMUNICADO

A Câmara Municipal de Lisboa e os Espaços Verdes

A falta de rumo da CML, denunciada repetidamente pelo CDS-PP, foi revelada em toda a sua gravidade na última reunião de Câmara.
No que respeita aos protocolos de gestão dos espaços verdes é evidente que alguém enganou os Lisboetas ou alguém os está a enganar agora.
Face à considerável redução das verbas a transferir da Câmara Municipal de Lisboa para as Juntas de Freguesia, duas hipóteses se colocam:
1ª Hipótese - Se o Vereador Sá Fernandes tem razão, ao transferir muito menos dinheiro para as juntas de Freguesia, é porque “descobriu” que no passado as verbas transferidas eram exageradas
Há então que perguntar aos presidentes de Junta do PSD, PS e PCP como é que antes contratavam o serviço a X euros/m2 e agora podem contratar por 80 ou mesmo 60% desse valor?
Para onde ia o excesso dos custos assumidos no passado?
Será que o dinheiro ia para outras despesas que não a manutenção dos espaços verdes?
Se se detectou que algumas Juntas usavam mal o nosso dinheiro, o PS pela mão do Dr. António Costa em vez de poupar esse dinheiro vai entregá-lo aos mesmos?
E o Vereador Sá Fernandes, tão preocupado com os dinheiros públicos, olha para o lado e assobia para o ar?
Ninguém controla a aplicação do dinheiro dos cidadãos?
Honra seja feita aos presidentes das juntas de Alcântara e Olivais que não aceitaram esta proposta.
2ª Hipótese - Se o Vereador Sá Fernandes não tem razão então é incompetente, não fazendo ideia dos reais custos que a manutenção dos espaços verdes acarreta, ou é politicamente desonesto pois não tem coragem de revelar que o orçamento de que dispõem é insuficiente nem de lutar pelo seu aumento.
Há então que perguntar ao Dr. António Costa porque não reconhece essa incompetência do seu Vereador, obrigando-o a rever a sua proposta?
Porque é que, em vez disso, faz batota dizendo aos Presidentes de Junta “não se preocupem, o Vereador Sá Fernandes não tem razão mas eu tiro dinheiro de outro lado e fica tudo bem?”E os Presidentes de Junta aceitam a batota correndo o risco de serem acusados de terem gasto mal o dinheiro no passado?
O CDS-PP, em nome dos cidadãos que, com os seus impostos e taxas, sustentam a CML e as Juntas de freguesia, querem respostas.
O CDS-PP Lisboa continuará a questionar a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia sobre a manutenção dos espaços verdes e apresentará, em breve, as conclusões do levantamento que vem fazendo e as propostas de melhoria desta importante área de intervenção das autarquias.

Os Deputados Municipais do CDS-PP

quinta-feira, 20 de março de 2008

Campo de Ourique - Comerciantes pagam estacionamento a quem faz compras a pé

O 'Pedishopping' consiste em criar percursos pedonais junto às lojas aderentes, divididas por sectores temáticos como Decoração, Moda, Gastronomia, Crianças, Beleza & Saúde ou Gourmet, promovendo o comércio tradicional e dissuadindo a utilização do transporte individual.
Integra-se num projecto mais abrangente (MobQua) que visa fomentar a mobilidade sustentável no interior dos bairros, através de meios leves (deslocações a pé ou de bicicleta).
«Andar a pé faz bem à saúde e ao ambiente», disse à Lusa o coordenador técnico do MobQua, João Teixeira, uma iniciativa que abrange três cidades europeias e está a ser liderada por Lisboa.
O 'Pedishopping' arrancou em Janeiro com sete lojas aderentes, mas em apenas dois meses passou a integrar 87 estabelecimentos comerciais
Maria João Freitas, directora da revista Campo de Ourique Shopping, foi a grande mobilizadora da adesão das lojas. «Foi relativamente fácil convencer os comerciantes porque se trata de um produto irresistível. Cada loja tem apenas de comprar 25 euros em senhas, que equivalem a 50 horas de estacionamento, para oferecer aos clientes que gastarem mais de 25 euros em compras. Em troca, passam a figurar num mapa que vai sair esta semana e que divulga os estabelecimentos», contou à Lusa.
A escolha de Campo de Ourique deveu-se a dois motivos: por um lado, devido ao estacionamento anárquico que se verifica no bairro e que importava travar e, por outro, devido ao seu potencial como «centro comercial a céu aberto».
Para comparar a dimensão, João Teixeira, cita o exemplo das Amoreiras que contam com cerca de 100 lojas.
Maria João Freitas acrescentou: «Este projecto permitiu resolver o principal problema, que era o estacionamento. Agora, Campo de Ourique oferece estacionamento gratuito, como qualquer centro comercial, com a vantagem de se fazerem as compras num cenário muito mais atraente, que permite descobrir o bairro e passear».
Para resolver o problema do estacionamento, os promotores do projecto decidiram recorrer a um parque subterrâneo no centro do bairro (debaixo da Igreja do Santo Condestável) que «era muito pouco utilizado».
João Teixeira adiantou que a baixa taxa de utilização se devia principalmente ao facto de o parque ser «muito pouco conhecido».
Foi feito um acordo com a empresa gestora do parque no sentido de se obter condições vantajosas para quem faz compras no bairro, através da aquisição de senhas por parte dos lojistas.
«Quem gastar 25 euros tem direito a uma hora de estacionamento gratuito e os lojistas assumem o compromisso de divulgar a iniciativa com um autocolante na porta».
O próximo passo é a distribuição de 20 mil mapas com percursos que assinalam as lojas aderentes, identificadas pelo nome e por uma cor correspondente aos produtos/serviços que comercializam.
Os mapas vão ser distribuídos sob a forma de encarte, em postos de turismo e em hotéis.
«Este é um bom exemplo de uma parceria público-privada em que todos ficam a ganhar sem gastar praticamente dinheiro. As lojas conseguem publicidade gratuita e o parque angaria mais clientes», considerou o responsável do projecto.
O MobQua contou com um financiamento comunitário de 100 mil euros e está a ser desenvolvido desde Janeiro de 2007.
Além do 'Pedishopping', foram criados sete circuitos de PediBus (grupos de crianças que vão a pé para a escola segundo um percurso predefinido e acompanhados por adultos), envolvendo três escolas básicas de Campo de Ourique e Alvalade, tendo sido percorridos até ao momento 1500 quilómetros.
Para um outro circuito ('Bikebus') foi seleccionada uma escola secundária em Alvalade (Escola Secundária Rainha D. Leonor).
inLusa

quinta-feira, 6 de março de 2008

Jardim das Francesinhas entregue ao vandalismo

O Jardim das Francesinhas, à Lapa, em Lisboa, já conheceu melhores dias. Situado numa das zonas mais nobres da cidade, mesmo ao lado da Assembleia da República, está hoje repleto de graffiti, o mobiliário urbano está na sua maioria destruído e a iluminação não é suficiente para garantir a segurança dos transeuntes à noite.
E, claro, os dejectos dos cães ocupam grande parte do espaço. "Está a ver estas ligações eléctricas todas de fora? São um perigo para as crianças!", lamenta António Soares, morador na Rua de São Bento e frequentador assíduo do espaço.
A Junta de Freguesia da Lapa garantiu ao DN que já pediu à autarquia para "tomar conta do jardim" mas a câmara recusa-se a ceder o espaço até porque garante que o "jardim não se encontra em mau estado, sendo que a parte da área verde do jardim tem sido limpa e conservada.
Tem havido acções de limpeza frequentes no jardim". Quanto à parte de mobiliário urbano, caminhos ou lancis de passeios, José Sá Fernandes, vereador dos Espaços Verdes, admite que "carecem de uma intervenção".
Mesmo ao lado de uma faculdade, o espaço é pouco frequentado. "É um jardim pouco aproveitado. Está tratado, vê-se, mas não é muito atractivo e prova disso é o facto de estar aqui junto à faculdade e ninguém vir para aqui", alerta Luís Lourenço, enquanto passeia o cão. O vandalismo é mesmo a pior ameaça.
"À noite vêm para cá grupos de rapazes que partem isto tudo, pintam as paredes, deixam tudo sujo. É reflexo do país que temos", lamenta António Soares. Também o casal Gameiro é frequentador do Jardim das Francesinhas há mais de 50 anos. "Anda sempre aqui um senhor a limpar mas é pena as pinturas nas paredes", frisa Josete Gameiro.
Já o seu marido, Manuel Gameiro, salienta o facto de os dejectos de cão estarem "por todo o lado" e aponta o dedo à falta de civismo dos donos. "É uma vergonha. Está uma vergonha", exclama Nuno Ferro.
O presidente da Junta de Freguesia da Lapa lamenta o facto de aquele espaço, "localizado numa zona tão frequentada por altas personalidades", se encontrar no estado actual. "Quem trata do jardim é apenas um homem, mas como tem tantos jardins para tratar fica aqui umas horas que acabam por dar em nada", denuncia o presidente.



in Diário de Notícias

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O Rato pariu uma montanha...

O Antes e o Depois
Queremos este mamarracho?

Tesourinho Deprimente - até quando?

Cinema Paris
Rua Domingos Sequeira

O estado de abandono do Jardim das Francesinhas

foto e mais informações no Cidadania Lx